quarta-feira, 26 de maio de 2010

O dia em que olhei da janela

Agora estou aqui,
Depois de todas as coisas que sofri
Percebi que o sempre
Nem sempre é pra sempre
E que amar
Não é simplesmente
Uma vaidade.

E agora eu sei
Que o amor não é
Apenas a essencialidade da razão;
E sim a reflexão
Da nossa personalidade.

E com simples atos de desgosto
Ele diminui e se rompe.
Pois as coisas que a gente
Menos dá valor
Acabam nos fazendo falta,
E quando menos esperamos
Passamos a prezá-las amargamente.

E as coisas que mais
Apressamos em querer
São as que mais nos machucam,
E quando reconhecemos
Vemos o quão tolos que somos,
Por querer o que nos engana.

E quando abrimos os olhos
Para tentar achar
Os dias que passavam
Diante de nossas janelas,
Não conseguimos quando desejamos.

E quando tentamos achar
A flor e o seu nome,
Só conseguimos achar
O nosso clube de ilusão.
E passamos admitir
O quanto que erramos.

E a única coisa
Que passa a valer à pena
É o nosso erro;
Pois notamos que por meio dele
O nosso desperdício se torna
O entendimento
Das coisas escondidas
De nossos olhos.

E isso eu vi
No dia em que olhei da janela
E pude ver o quão belo
Que o céu estava...

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